O amor do Pai

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019



Lucas 15:11-24 O amor do Pai

Muito se fala do filho pródigo por conta do titulo que consta em muitas bíblias. Isso as vezes atrapalha um pouco no hora de ter uma melhor compreensão do que Deus quer dizer. Mas precisamos entender um pouco mais essa historia para entendermos o que o nosso mestre e salvador quer dizer através dessa parábola.
Mas antes vamos falar um pouco das parábolas anteriores que se assemelham a do filho prodigo.

A parábola da ovelha perdida:
Enfatiza o desamparo dos perdidos, pois as ovelhas são muito propensas a se desviarem, e, uma vez perdida, estarão em uma confusão desesperada para achar seu rebanho. Mas o seu pastor não descansa enquanto não encontrar (Ler Lc. 15. 4-5).   

A parábola da dracma perdida:
Enfatiza a preciosidade dos perdidos , e desenha um retrato vívido da busca alucinante desempenhada pela mulher que perdeu a moeda (Ler Lc. 15. 8-9).
Identificamos no texto facilmente três figuras nessa parábola. O pai, o filho que sai de casa e o irmão mais velho.
O filho mais novo:
Ao pedir ao pai que lhe de a sua parte da herança o filho declara de uma forma bem discreta que o pai estava morto para ele, e assim, abandonando o pai voluntariamente começa a viver uma vida irresponsável, dissoluta, devassa e totalmente libertina. Indo para uma terra distante, sendo talvez um grande centro ou uma região metropolitana. De acordo com a lei judaica da época, o filho mais velho poderia receber dois terços da propriedade do pai , e filho mais novo um terço. De acordo com o costume a propriedade poderia ser distribuída por um testamento que se tornaria valido a partir da morte do pai ou como um presente concedido durante o período de vida do pai. Aparentemente ele recebe a sua herança em dinheiro e não demora muitos dias na casa do pai e parte. Jovem e inexperiente ele gasta toda a sua herança e começa a viver um tempo de crise onde há uma grande fome onde ele vivia. Decide então se empregar e a cuidar de porcos para ter o mínimo de sustento. Chega ao fundo do poço ao tentar se alimentar com as alfarrobas que os porcos comiam. Mas ninguém dava nada a ele.  *O uso da alfarroba durante uma fome é provavelmente um resultado da resistência da alfarrobeira ao clima rigoroso e à seca. Durante um período de fome, aos porcos eram dadas alfarroba para que não fosse um fardo para os limitados recursos do agricultor.*
O retorno não  acontece por um arrependimento, mas sim por uma necessidade. Pois ele sabia que os trabalhadores de seu pai viviam de forma mais digna do que ele nesse tempo de  fome que ele enfrentava naquela região . e então decide voltar para a casa de seu pai mas na condição de empregado para obter favor nos seus esforços  
            O pai:
Que pai se alegra com a saída do filho de casa? Quanto mais nessas condições em que o filho mais novo saiu. Porem o pai não impede o filho de sair de casa e muito menos sai a sua procura. O pai dessa parábola espera pacientemente , olhando para a estrada esperando ansiosamente pelo menor sinal de que seu filho esta voltando. Porque o pai não foi ao encontro do filho ? O pai ama seu filho intensamente, mas não obrigara o filho a voltar para ele. O pai respeita o direito de escolha do seu filho. Por isso a decisão de voltar tem que partir do filho. Como esta descrito em Lc. 15. 17 (Caindo em si).Porem o pai surpreende o filho mesmo com um discurso ensaiado. O pai não anotou a herança como dívida, e isso quebra o discurso do filho pródigo. A parábola do filho pródigo também  é  um retrato da relação dos judeus com os não judeus. Para os fariseus e um escândalo um não judeu não  ter dívida. 
A figura do Pai muda tudo, porque quando conhecemos o seu caráter vivemos de uma forma que agrada o coração do pai. Porque o verdadeiro amor lança fora todo medo. O caminho de retorno  começa com a consciência de quem o pai é
O irmão mais velho:
Nessa historia todos se alegram com o retorno do filho porque tinham a consciência de que ele estava perdido, mas o irmão mais velho ficou amargurado e enciumado com o regresso dele. Se mostra completamente indiferente ao bem-estar do irmão que o pai ama tão profundamente quanto a ele. Exatamente da mesma forma os fariseus e doutores da lei revelam uma indiferença hostil aos pecadores que Jesus veio buscar. Porem o pai também quebra o discurso do filho mais velho que tinha a mentalidade de um empregado, um dos servos da casa de seu pai.
Ate aquele momento ele não conhecia o coração e o caráter de seu pai, não sabia os pensamentos do pai sobre ele, pois achava que trabalhando arduamente alcançaria o favor do seu pai que por incrível que pareça era a mesma mentalidade do filho mais novo. Merecer o amor do pai .
Conclusivamente podemos dizer que a parábola não e sobre o filho mas sim sobre o pai. Não tem haver com o tipo de perfil do filho mas sim com o coração do pai. Desde a antiguidade jamais se viu um Deus igual a ti Ler Is. 64. 4-8
O que pensamos sobre a paternidade de Deus esta muito ligado as nossas experiências terrenas e ele quer quebrar essa falsa imagem que criamos sobre ele. Ele quer nos dar uma experiência que excede toda paternidade terrena. O verdadeiro amor ao Pai e uma alavanca para abandonar de vez o desejo de pecar e um impulsionador para agradar ao seu coração.

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