Jejum, símbolo de fome por Deus
Uma das coisas mais
arrebatadoras na vida de uma pessoa é a paixão. Ela nos dá fôlego e nos tira o
sono. Faz com que venhamos perder todo e qualquer apetite, por causa de uma
pessoa. Nos tira a razão ou qualquer ponto de equilíbrio que existe em nós. Por
essa paixão somos capaz de cometer muitas loucuras incalculáveis. Tão somente
por que a todo momento estamos pensando em uma forma de expressar amor e afeto
para a pessoa que amamos.
Nos dias de Jesus o jejum era, em geral, associado a tristeza.
Era uma expressão de quebrantamento e desespero, geralmente por causa do pecado
ou acerca de algum perigo ou alguma bênção profundamente desejada. Era algo que
a pessoa fazia quando as coisas não estavam saindo do jeito dela.
No entanto, Jesus muda a perspectiva a respeito do
jejum comparando ele a uma expressão de saudades pela ausência do noivo
que partiu para preparar um lugar para nós. Sabemos que Jesus mora em nós e Ele
disse que nunca nos abandonaria, porém ele não está aqui da mesma forma que
estava antes. Como Paulo disse: "Estamos sempre muito animados, pois
sabemos que, enquanto vivemos neste corpo, estamos longe do lar do Senhor." 2Co. 5.6
(Versão NTLH).
Estamos ansiosos pela
sua volta, para que assuma o seu trono, reine em nosso meio, vindique seu povo,
sua verdade e sua glória.
Em um
casamento os amigos do noivo não ficam com o semblante triste e não deixam de
comemorar a realização do casamento de seu amigo. Assim também uma noiva não
deixa de se preparar e se alegrar com o dia que marca a sua vida para sempre, o
dia que marca a sua entrega total para sempre. Ao apresentar a nova dispensação
do jejum, Jesus não cria uma formalidade
ou institucionaliza o jejum, bem como fez na ceia.
Contudo não
era um mandamento, mais sim uma predição, uma condição para todos aqueles que
amam o noivo e sentem saudades dele. Mas de fato, todas essas coisas perdem o
sentido e o valor quando o noivo não está presente. Jesus ao dizer que "Quando o noivo for arrancado, aí
jejuaram." Ele quis dizer que toda jubilosidade, perde o sentido e
o banquete dá lugar a tristeza e a perda da fome e o interesse pelas coisas
dessa vida. Porque a maior razão de suspirarmos, perdermos as nossas noites de
sono e aquilo que ocupa a nossa cabeça a maior parte do tempo não está aqui.
O jejum é a expressão física do desejo
ardente do coração do homem pela volta de Jesus. Até que
ponto sentimos sua falta? Ele está nos atraindo mais uma vez, a ausência dele é
dolorosa de mais para tentarmos viver sem ele nesse mundo vil. Vamos correr e
persegui o noivo descrito em cantares, que simplesmente deixou o seu perfume na
maçaneta da porta que não abrimos, devido a não estarmos com roupas adequadas e
preparados para dormir. Vamos expressar nossa saudade por Jesus.
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