Coração
dos pais aos filhos e dos filhos aos pais
Vivemos em uma geração onde há muitos anseios, muitos objetivos a serem conquistados bem como terminar a faculdade, conhecer uma pessoa legal e casar, comprar um carro, conseguir a casa própria e tantas outras coisas que vamos buscando no meio desses percursos desejado. Vivemos também em um mundo de muitas distrações e entretenimento. Onde o tempo todo somos levados a uma busca de prazer e satisfação com aquilo que nos preenche o vazio da alma. Existe um vácuo na nossa alma. Nesses últimos anos temos vivido dias como os que precederam a vinda de João Batista. O silêncio da era profética, onde Deus se calou por um período de 400 anos. Período esse em que o povo estava sem esperança, cumprindo práticas religiosas e sem vida. Um período de sequidão. Período esse em que o povo caiu na familiaridade da promessa de que o messias viria e na normalidade da vida. Não havia ninguém inspirado pelo Senhor que fala-se em seu nome. Daí então o próprio Deus quebra esse silencio, enviando um anjo para anunciar a Zacarias as coisas que estavam para acontecer na geração seguinte, a GERAÇÃO DE JOÃO BATISTA. Além de um ambiente familiar favorável, essa geração tem um perfil, um procedimento e uma missão que é gerado em uma estufa e impulsionado pela figura paterna.
O perfil: Lucas 1:80. É conduzida ao deserto não para viver uma vida solitária ou porque é rejeitado pela sociedade por algum motivo. Mas um lugar onde a sua alma é moída e despojada dos prazeres que essa vida proporciona, para viver uma vida que não é formatada pela religião, e nem é modelada pela cultura desse mundo. Sua voz troveja contra a iniquidade e injustiça, mas que nunca fala sem a ternura de Deus Lc. 3:9-14. Sua forma de vestir e se alimentar não são modeladas pela cultura desse mundo e pela tradição da religião. Filho de um sacerdote e uma mãe que era descendente de Arão era imprescindível que João Batista acompanhasse o mesmos passos de seus pais. Vestido de pele de camelo, um animal considerado impuro para a cultura judaica, João ABRE MÃO DO DIREITO de andar vestido de linho fino como os sacerdotes de sua época. Uma alimentação baseada em gafanhotos e mel silvestre, João abre mão do direito de se alimentar da comida sacerdotal, composta basicamente de flor de farinha e da carne dos sacrifícios oferecida a Deus pelo povo (Lv.2:1-3 Lv.6:16-18). Todas essas coisas eram incivilizadas e rudes, e um sinal de letargia aos preceitos religiosos e ao contexto cultural. A maneira como João vivia significa que, o seu proceder e obra estavam totalmente em uma nova dispensação, e não seguiam a antiga religião, cultura e tradição. Mas seguiam o designo de Deus para a sua vida, pois não havia nele o desejo de ser apreciado pelos homens e sim por Deus.
A diligencia e o procedimento dessa geração: A cultura desse mundo e a religiosidade impedem violentamente as pessoas de entrarem no reino dos céus. Nos conduzindo cada vez mais a um caminho de comodidade e praticidades da vida, nos levando a uma indisposição mental, reprovável e resistente quanto ao rompimento do odre velho. Mas a palavra liberada nos dias de João Batista foi “VIOLÊNCIA” para entrar no reino Mt. 11:12. Jesus pergunta a multidão o que havia chamado a atenção deles no deserto. Foi alguém fraco e frágil? (Mt. 11.7-8) Ou o que eles haviam percebido, um homem com roupas delicadas cheio de cuidados especiais como os que estão nos palácios? Não, um profeta que atraia as pessoas para o deserto para serem batizadas como sinal de arrependimento. João era o maior profeta porque ele não anunciou um messias à distância mas João viu o messias e anunciou “Eis o cordeiro que tira o pecado do mundo”. Por causa da sua diligência e procedimentos diante da missão que tinha, João alinhou os corações e os procedimentos de um povo que estava como ovelhas perdidas e sem pastor. Apesar de não começar com um grande movimento, “uma voz” clamará em meio ao deserto, sem a influência da cultura ou religião, para modelar uma mentalidade, trazer um odre novo para que o Reino seja estabelecido.
O foco e a missão: Na época de João, antes que um rei viajasse, mensageiros partiam na frente para avisar aqueles a qual o rei planejava visitar e para preparar-lhe o caminho. João tinha como objetivo mudar o modo de pensar das pessoas que estavam entorpecidas com as coisas desse mundo e fazer com que seus pensamentos se voltassem para o Rei que estava chegando. Em Lc. 3:5 são usados metáforas que descrevem a condição do coração do homem para com Deus e uns para com outros, João Batista tinha também como objetivo endireitar as veredas dos corações para que sejam retos em cada parte do coração por meio do arrependimento. A fim de PREPARAR UM POVO para que o Rei da Glória entre. A missão dessa geração não é chamar atenção para si, mas para aquele que regeneraria suas vidas com um batismo no Espírito Santo. Afim de que fossemos reconectados na comunidade de amor eterno que é a Trindade e ao plano eterno de Deus. Nesses dias Jesus tem chamado seus mensageiros para dar conhecimento de que o salvador está voltando e que somente por meio do arrependimento entraremos naquilo que está proposto para nós.
Conclusão:
Um jovem precisa abandonar a ideia e o desejo humano de ser inédito, de fazer algo novo e diferente independente do que quer que seja ou do que tenha vindo antes. Precisamos avaliar as motivações do nosso coração. Desejamos ser grandes sem antes considerar e entender a história para sabermos o nosso papel dentro dela. É preciso valorizar o passado. Deus está escrevendo a história, tem que haver continuidade! Precisamos de Jovens como João Batista, que serão como uma vela, que traz clareza e direção ao ambiente por meio da anulação da sua vontade. Que se levante uma geração que abre mão do que a vida proporciona e com uma violenta diligência prepare o caminho para a volta de Jesus.